Um senhor desejando escrever uma autobiografia pediu-me um protótipo para que ele se pudesse inspirar nele. Vou já ao meu "Manual do Perfeito Livreiro" ver se há alguma resposta séria para isto.
Estava eu divertida a ouvir uma conversa sobre livros entre dois jovens com os seus quinze anos- e a arrumar uns livros numa prateleira, claro- quando um deles afirma que o livro que mais gostou do Pessoa foi o Memorial do Convento! Bati com a cabeça na dita cuja prateleira ao levantar-me, e praguejei. O livreiro é cusco e gozão, não o censurem por favor, ele é castigado todos os dias pelos móvéis que o rodeiam.
6 comentários:
Nos meus tempos de livreiro pediram-me a Sara Mago e o Quedon do Plutão! Boa sorte!
:)
obrigada!
Ou o "Almeida Garret", do Frei Luis de Sousa..
Há dias um senhor perguntou-me se tinha a história de Portugal em disparates. Explicou-me o conceito do livro e eu respondi que não, mas que também os livreiros tinham histórias muito boas. Não achou piada
(e eu que lhe ia contar que dois dias atrás me tinham pedido o livro da alice no país das ervilhas)
.
Nesta semana entrou um cliente a buscar um livro, cujo título não lembrava, o autor menos ainda. Pensei, desta vez minha bola de cristal não funciona. Qual o tema? América durante a 2ª Guerra. Eis que um jovem livreiro, demasiadamente verde, demasidamente estúpido, sugere Mark Twain! Ora, quase me enfiei no chão como avestruz. Valha-me Deus, Twain nunca poderia teria escrito sobre a 2ª Guerra Mundial.De onde saem estas pessoas?
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